O jornal O Estado de São Paulo publicou, no dia 15 de abril, uma matéria sobre violência doméstica de título “Violência em casa preocupa mais que câncer e aids”. A violência, em todas as suas formas é um assunto que está sempre em pauta.
No entanto, apesar de toda essa visão dada à violência, suas causas e consequências, não se apresenta um caminho para que isso acabe. O medo e a apreensão são tão marcantes que a matéria do Estadão mostra que nem o câncer de mama e nem a possibilidade de se contrair o vírus HIV preocupam mais a mulher brasileira do que a violência doméstica.
Uma pesquisa chamada Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, que ouviu 2 mil pessoas, reflete as causas e as consequências desses dados tão alarmantes.
Sobre o motivo pelos quais a mulher é agredida, o estudo mostra que 38% das agressões são cometidas por problemas com alcoolismo, 36% por conta da violência acima da média dos homens brasileiros, 15% por conta de provocação por parte das mulheres e 8% por conta de problemas financeiros.
Em contrapartida, conheceu-se também que o porquê dessas mulheres agredidas não abandonarem seus agressores. A principal razão, com 24% dos casos, é a falta de condições econômicas, seguida da preocupação com os filhos (23%), depois, o medo de serem mortas, 17% das mulheres.
Os menores percentuais ficaram por conta da vergonha de separar ou obrigação de manter o casamento (14%), seguidos pela falta de autoestima (12%) e 8% das mulheres têm vergonha de admitir que são agredidas.
Entretanto, independente das causas, a campanha Violência Sem Rastros vem para conscientizar a sociedade desses números. Só mesmo falando, passando a mensagem, repassando esses dados é que conseguiremos algum resultado.
Mais do que atender as vítimas de agressão, a campanha tem como um de seus principais objetivos, fazer com que a violência não continue sendo velada, escondida e provida de impunidade. É preciso que se dissemine a idéia da denúncia, do protesto e da não omissão.
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