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A volta ao mundo em torno da paz
Juliano Sanches
O branco é o símbolo da paz. A cor fez morada na bandeira do Brasil e de outros países, nas asas de beija-flores, nos cisnes, no algodão, na roupa e na sapatilha da bailarina, nas vestes do curandeiro urbano, no leite, na simpatia e na leveza dos ares. Apoiada nas experiências vividas no mundo, Madre Teresa de Calcutá foi uma das pessoas que irradiou o branco ao conhecer o significado da paz. Entre a Índia e todo o mundo, não havia limites para a divulgação de sua mensagem de amor. Em corpo e espírito, sua essência de amor foi marcada pelo branco. Branco que ajuda a ofuscar a hipocrisia com a luz da sabedoria, cor que brota do interior e conquista o exterior, foco de luz capaz de vencer a dor e o preconceito, sentimento vivo de compaixão, sopro que destrói a ignorância.
A casa dos opressores é cercada de grades e vigilantes. Já a morada de Francisco Cândido Xavier, o Chico, é aberta, assim como a de Madre Teresa de Calcutá e a dos espíritos sublimes, amigos de Jesus. Todo espírito de luz é puro como uma criança. Se o Reino de Deus pertence às crianças, sua fronteira é construída entre os limites da nossa fé, da nossa consciência e do Universo.
Quando a fé nos bons pensamentos chega próxima ao tamanho de um grão de mostarda, a pessoa consegue refletir no efeito de suas ações e ao redor de si mesma. O resultado da fé é a ação sábia, dada aos que buscam, sentem sede, clamam e a todos que se ligam a si mesmos e ao Criador. Todo conhecedor de grandes segredos, como a paz espiritual, tem a tranqüilidade de um pajé, pois está sempre em harmonia com o Universo. Se o Universo é a Casa de todas as criaturas (animadas e inanimadas), a água, a terra, o ar e o fogo são os instrumentos de criação do Grande Arquiteto que o planejou.
Em sânscrito, todo o que tem a paz espiritual é conhecido como shanti, e o que não a tem é chamado de ashanti, ou seja, a oposição entre a mente caótica e perturbada e a que está fluidificada pela serenidade da Criação, do presente, do agora, do hoje.
Inspirada na fé de Jesus, Madre Teresa de Calcutá propõe a nós um amor incondicional. Ela recomenda que ao invés de abortar, se doe crianças. Para despertar a coragem nos seres humanos, Madre Teresa chegou a afirmar que receberia todas as crianças rejeitadas pelo mundo.
Onde está a nossa coragem? Ou, como diz Renato Russo, quem roubou a nossa coragem?
Hoje, anjos da guarda como Madre Teresa amparam as crianças que perderam os pais, pois sabem que não escolheram o próprio destino e que todos necessitam de amor, carinho e compreensão. Entretanto, o egoísmo e a vaidade conspiram contra os valores humanos de vida e amor. Amor que se define como ágape, pois brota do sentimento cristão de aceitar o outro como ele é, sem julgamentos e imposições. Apenas com o desejo de convivência com o próximo.
Entre as sementes que brotaram com a industrialização, pode-se perceber que a sociedade busca heróis na televisão, no computador, nos brinquedos e em tudo. Eis aí o resultado da mente fragmentada, o caos dos padrões dominantes, a revolta da criatura contra a máquina.
Os heróis nos servem como exemplos de como encarar a vida. Os nossos heróis são construtores de fachadas sociais ou seres humanos capazes de dividir a comida e o que sabem com quem estiver ao redor? São faces humanas encenadas pelo consumismo ou verdadeiros adoradores da Criação, da natureza e de tudo o que há no Universo? São construtores de rótulos humanos ou pessoas que enxergam com os olhos da aceitação e da liberdade fraternas? Se pudéssemos escolher heróis, talvez não o faríamos como o nosso coração pede, pois Jesus disse que não sabemos nem pedir. Entretanto, mesmo com a nossa imaturidade e ignorância, o Universo se encarrega de enviar heróis da paz para nos amparar e fazer a Palavra de vida e amor ecoar em nossas mentes. Mestres como Madre Teresa, Francisco de Assis, Chico Xavier e Mahatma Gandhi nos dão diariamente sinais de que tudo que conspira em favor da paz colabora com a evolução e a manutenção da felicidade e do bem-estar de todos.