quinta-feira, 23 de julho de 2009

A volta ao mundo em torno da paz, por Juliano Sanches

Multiplicarmos boas idéias é o que promove a conscientização. E como nem tudo são trevas, precisamos também pensar leve, claro para que essa consciência seja mesmo de uma cultura de paz, da NÃO VIOLÊNCIA. Esses sãso os objetivos da campanha Violência Sem Rastros.

Recebemos o texto "A volta ao mundo em torno da paz", do jornalista Juliano Sanches como um contribuição e um compartilhamento de suas idéias e, principalmente de sua consciências. Por isso, estamos postando-o aqui, pois queremos compartilhar palavras tão sutis e ao mesmo tempo tão expressivas com todos que se interessam pelo assunto. Paz e luz!




A volta ao mundo em torno da paz

Juliano Sanches

O branco é o símbolo da paz. A cor fez morada na bandeira do Brasil e de outros países, nas asas de beija-flores, nos cisnes, no algodão, na roupa e na sapatilha da bailarina, nas vestes do curandeiro urbano, no leite, na simpatia e na leveza dos ares. Apoiada nas experiências vividas no mundo, Madre Teresa de Calcutá foi uma das pessoas que irradiou o branco ao conhecer o significado da paz. Entre a Índia e todo o mundo, não havia limites para a divulgação de sua mensagem de amor. Em corpo e espírito, sua essência de amor foi marcada pelo branco. Branco que ajuda a ofuscar a hipocrisia com a luz da sabedoria, cor que brota do interior e conquista o exterior, foco de luz capaz de vencer a dor e o preconceito, sentimento vivo de compaixão, sopro que destrói a ignorância.

A casa dos opressores é cercada de grades e vigilantes. Já a morada de Francisco Cândido Xavier, o Chico, é aberta, assim como a de Madre Teresa de Calcutá e a dos espíritos sublimes, amigos de Jesus. Todo espírito de luz é puro como uma criança. Se o Reino de Deus pertence às crianças, sua fronteira é construída entre os limites da nossa fé, da nossa consciência e do Universo.

Quando a fé nos bons pensamentos chega próxima ao tamanho de um grão de mostarda, a pessoa consegue refletir no efeito de suas ações e ao redor de si mesma. O resultado da fé é a ação sábia, dada aos que buscam, sentem sede, clamam e a todos que se ligam a si mesmos e ao Criador. Todo conhecedor de grandes segredos, como a paz espiritual, tem a tranqüilidade de um pajé, pois está sempre em harmonia com o Universo. Se o Universo é a Casa de todas as criaturas (animadas e inanimadas), a água, a terra, o ar e o fogo são os instrumentos de criação do Grande Arquiteto que o planejou.

Em sânscrito, todo o que tem a paz espiritual é conhecido como shanti, e o que não a tem é chamado de ashanti, ou seja, a oposição entre a mente caótica e perturbada e a que está fluidificada pela serenidade da Criação, do presente, do agora, do hoje.
Inspirada na fé de Jesus, Madre Teresa de Calcutá propõe a nós um amor incondicional. Ela recomenda que ao invés de abortar, se doe crianças. Para despertar a coragem nos seres humanos, Madre Teresa chegou a afirmar que receberia todas as crianças rejeitadas pelo mundo.

Onde está a nossa coragem? Ou, como diz Renato Russo, quem roubou a nossa coragem?
Hoje, anjos da guarda como Madre Teresa amparam as crianças que perderam os pais, pois sabem que não escolheram o próprio destino e que todos necessitam de amor, carinho e compreensão. Entretanto, o egoísmo e a vaidade conspiram contra os valores humanos de vida e amor. Amor que se define como ágape, pois brota do sentimento cristão de aceitar o outro como ele é, sem julgamentos e imposições. Apenas com o desejo de convivência com o próximo.

Entre as sementes que brotaram com a industrialização, pode-se perceber que a sociedade busca heróis na televisão, no computador, nos brinquedos e em tudo. Eis aí o resultado da mente fragmentada, o caos dos padrões dominantes, a revolta da criatura contra a máquina.

Os heróis nos servem como exemplos de como encarar a vida. Os nossos heróis são construtores de fachadas sociais ou seres humanos capazes de dividir a comida e o que sabem com quem estiver ao redor? São faces humanas encenadas pelo consumismo ou verdadeiros adoradores da Criação, da natureza e de tudo o que há no Universo? São construtores de rótulos humanos ou pessoas que enxergam com os olhos da aceitação e da liberdade fraternas? Se pudéssemos escolher heróis, talvez não o faríamos como o nosso coração pede, pois Jesus disse que não sabemos nem pedir. Entretanto, mesmo com a nossa imaturidade e ignorância, o Universo se encarrega de enviar heróis da paz para nos amparar e fazer a Palavra de vida e amor ecoar em nossas mentes. Mestres como Madre Teresa, Francisco de Assis, Chico Xavier e Mahatma Gandhi nos dão diariamente sinais de que tudo que conspira em favor da paz colabora com a evolução e a manutenção da felicidade e do bem-estar de todos.

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